domingo, 6 de agosto de 2017

Ex atleta Lais Souza revela dificuldades finaceiras


  No Sensacional deste domingo (06), a entrevistada pela apresentadora Dabiela Albuquerque será a ex-ginasta olímpica, Lais Souza.

  O tema da entrevista será ‘superação’. No bate-papo, ela falou sobre os avanços em sua recuperação após o grave acidente que a deixou tetraplégica, revela detalhes de sua rotina desde então e relembra as conquistas de sua carreira como atleta, destacando seu perfil aventureiro. “Gosto de estar um passo a frente. Dentro da ginástica eu não tinha medo, tentava chegar e treinar muito. Muita gente tem medo de fazer as coisas, os duplos, os triplos, eu simplesmente chegava e fazia”, revive.
Atualmente Lais se dedicando à faculdade de Psicologia em sua cidade natal, Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, a ex-atleta destaca o papel da área na vida de um atleta, especialmente no que diz respeito à pressão que envolve o ambiente de competições: “Eu não tive muitos psicólogos, sempre fui meio do meu ‘jeitão’. Acho que é importante, consegue diferenciar um campeão para o quarto lugar. Talvez se tivesse tido um acompanhamento melhor, teria me escutado mais e o psicólogo me traria experiência para focar melhor nas competições, poderia ser que meus resultados tivessem sido melhores”.
Ela ainda explicou que não conseguia conciliar a intensidade de sua rotina na ginástica com os estudos do curso de Educação Física, algo bem comum na vida dos esportistas. “Eu treinava oito horas, ia para a faculdade, chegava lá o professor dizia: ‘hoje é dia de basquete’. Aí eu não aguentava correr, fazer aula prática e teórica, que era bem difícil. Muitas vezes eu dormia na carteira”.
Questionada por Dani sobre a mudança dentro do esporte – a transição da ginástica para o esqui –, ela revela as dificuldades que enfrentou. “Foi bem difícil. Quando resolvi parar a ginástica fiquei uns dois meses em depressão, não sabia o que eu ia fazer. Tive que colocar na minha cabeça que eu tinha que fazer o destreino. O atleta não tem cobertura nenhuma, então trabalhei a vida inteira na ginástica e tive que parar para pensar no que iria trabalhar. É muito difícil para o atleta”.
E sobre a questão financeira ela afirmou: “O mês do cadeirante é muito caro! Hoje moro em um apartamento muito pequeno, consigo ir a dois cômodos dele. Quero sonhar para poder ter uma casa e continuar trabalhando. Já lotei a agenda, tento fazer algumas palestras. Não sou profissional, mas acho que minha história pode ajudar, e aprendo muito com elas. Ainda termino o mês no vermelho, mas estou tentando sair dele”, desabafou. Apesar da mudança radical em sua vida, a ex-atleta vive uma luta diária a caminho da recuperação e soma o que gosta de chamar de ‘mini vitórias’. O maior medo dela, hoje, é pensar em perder seus grandes apoiadores nesta batalha, seus pais. “Depois do que aconteceu comigo fiquei muito frágil, então meu maior medo é pensar que em algum momento posso perder minha mãe ou meu pai”.

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